terça-feira, 3 de janeiro de 2012

LEMBRANÇA

sou filha do tempo roubado,
da voz que perdi ao sentir,
deste mundo que anda sempre enganado,
porque nada desaparece ao fingir.
sou filha do silencio impingido,
das palavras que presas, não são,
do ar que respiro, constantemente poluido,
por isso está embaciado o coração.
sou filha das mãos que não me seguraram,
de momentos que me prendem ainda,
de estradas que não levam a lugar algum,
de caminhos, esbeltos mas sem saida.
sou filha de uma voz que me chame,
do vento que me toca inquieto no sentimento,
do amor que me traga paz,
de acções que dão sentido ao momento.
sou filha de um passado que magoa,
mas sigo sempre com esperança
que nada é certo, por mais que doa,
sou filha da lembrança ...
GI

4 comentários:

arco disse...

Queme screve estas palavras com toda a certeza que já viveu grande parte delas.
mas de qalquer forma não deixa de ser genial.

A. disse...

Todos esses momentos com certeza te ajudaram a crescer e a dar mais valor às pessoas. beijinhos*

Green Eyes disse...

e sendo filhos do tudo somos filhos do nada...
Lindo, como sempre!
Beijinho

Rita Carrapato disse...

Um poema que gostei muito de ler e que aborda o peso de quanto somos filhos de memórias.